CRÔNICA DE UMA NOITE SONORA
15/01/2014 05:29
CRÔNICA DE UMA NOITE SONORA
17/12/2011.
Parafraseando Clarice começarei com...
... Quando era criança...
Eu queria ser médica, porque sempre acreditei que profissão era linda, traria conforto e consolo a quem sofre. Um dia me deixei acreditar que não tinha habilidade. Hoje sei que poderia ter sido.
Sou professora e ensino que em toda profissão deve haver prazer, solidariedade, e principalmente RESPEITO AO SUJEITO que interage conosco. O sorriso deve estar estampado em cada rosto. O olhar sereno sem perder a autoridade, jamais autoritarismo. A doçura dos favos de mel em cada palavra, sem perder o foco. O ouvido crítico dos maestros, sem perder a melodia dos anjos.
Eu queria ser juíza. Para de fato reinventar a justiça dos homens para os homens.
Eu queria saber voar, levei o maior tombo da minha vida acreditando em poder ser super-heroína. Cortei a língua ao meio, não sei como hoje falo. Coisas de DEUS.
Hoje eu sou juíza de meus atos; tenho sorriso constante – amo gargalhar; sou médica do meu coração...
Amo a chuva que fertiliza o solo. O vento que acarinha meu ser. O sol que clareia meus passos. Minha vida. Cada amanhecer. A noite escura e silenciosa com ruídos da dança dos astros.
Queria ter conhecido Clarice. Queria ter conhecido Machado. Queria ter vivido na Grécia Antiga.
Amo ser eu.
Divirto-me comigo.
Meus erros? Se os tenho? – claro que sim!
Digamos que caminhar sozinha em plena madrugada é um exercício contra o medo.
Digamos que ficar sozinha em plena multidão é um exercício contra o pânico.
Essa sou eu,
Sem pretensão nenhuma de ser nada além de eu mesma. Nada além dos meus limites. Nada além da minha eterna meninice.
Escrito por: Rose Marie Mendes de Lima
Formação: Letras Vernáculas
Atividades: Prof.ª Esp. Língua Portuguesa
Faculdade do Sul da Bahia - FASB
Faculdade Pitágoras - Unidade Teixeira de Freitas – BA
Contato: sitesimples76@bol.com.br